ANTOLOGIA


Prece de ida

Debbie Galvão

(Goiânia/GO)

estou pele adentro
tempo suficiente para saber
o mundo das formas é tão relativo
quanto o desejo de tocá-las

a latência se alimenta
de um contato virtual de corpos
e não apenas
basta a idealização da matéria bruta
e será seu desdobramento precário
igualmente simbólico

estou empenhada
no movimento contrário
que é para ver se fico
mais um pouco
acontece que já fui
e continuo indo
sob o risco de não mais existir

estou em pele
humana o suficiente
para saber
o sentido da vida
é de dentro para fora
cada vez mais
estou pele adentro
tempo suficiente para saber
o mundo das formas é tão relativo
quanto o desejo de tocá-las

a latência se alimenta
de um contato virtual de corpos
e não apenas
basta a idealização da matéria bruta
e será seu desdobramento precário
igualmente simbólico

estou empenhada
no movimento contrário
que é para ver se fico
mais um pouco
acontece que já fui
e continuo indo
sob o risco de não mais existir

estou em pele
humana o suficiente
para saber
o sentido da vida
é de dentro para fora
cada vez mais

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Debbie Galvão – Formada em Direito e graduanda em Filosofia, eu pertenço mesmo à Literatura. As letras, que desde muito cedo me apresentaram novos contextos, hoje se mostram uma possibilidade de escolha para uma existência plural e alternativa ao indefinido. Comecei a escrever lendo pessoas, tanto reais quanto fictícias, numa curiosidade incontida de saber, de ver um pouco e, cada vez mais, sobre o que eu ainda não conhecia. Depois, eu inclui travessias por lugares próximos, criando personagens. Da Literatura nasço sempre que as palavras me cospem ao mundo – ou sou eu a mastigá-las para dar corpo ao meu corpo.
Debbie Galvão – Formada em Direito e graduanda em Filosofia, eu pertenço mesmo à Literatura. As letras, que desde muito cedo me apresentaram novos contextos, hoje se mostram uma possibilidade de escolha para uma existência plural e alternativa ao indefinido. Comecei a escrever lendo pessoas, tanto reais quanto fictícias, numa curiosidade incontida de saber, de ver um pouco e, cada vez mais, sobre o que eu ainda não conhecia. Depois, eu inclui travessias por lugares próximos, criando personagens. Da Literatura nasço sempre que as palavras me cospem ao mundo – ou sou eu a mastigá-las para dar corpo ao meu corpo.
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