Ando à míngua…
trago comigo todas as línguas mortas
na ponta da minha língua.
Uma outra linguagem,
o que sou: surda-muda!
Ando à míngua…
à espera de um aceno no reino do Universo
e então serei farto em prosa e verso:
hei de me saciar a plenos pulmões
e não há de estuporar essa íngua!
Ando à míngua…
mas recusarei o banquete de Pélope
e não viverei o suplício de Tântalo.
Hei de vencer as apoplexias!
Nunca mais a fome, nunca mais a sede…
Seguirei ímpar, multilíngue,
como sei, como sou:
um incansável decifrador de hieróglifos.
Eu, a nave-mãe,
levando o meu epitáfio para o futuro:
“Saudações – a quem quer que você seja!
Trago boa vontade e paz através do espaço”.
Ando à míngua…
trago comigo todas as línguas mortas
na ponta da minha língua.
Uma outra linguagem,
o que sou: surda-muda!
Ando à míngua…
à espera de um aceno no reino do Universo
e então serei farto em prosa e verso:
hei de me saciar a plenos pulmões
e não há de estuporar essa íngua!
Ando à míngua…
mas recusarei o banquete de Pélope
e não viverei o suplício de Tântalo.
Hei de vencer as apoplexias!
Nunca mais a fome, nunca mais a sede…
Seguirei ímpar, multilíngue,
como sei, como sou:
um incansável decifrador de hieróglifos.
Eu, a nave-mãe,
levando o meu epitáfio para o futuro:
“Saudações – a quem quer que você seja!
Trago boa vontade e paz através do espaço”.