Emyra Waiãpi [1951-2019]
Stélia Castro
(Atalaia do Norte/AM)
Perdi meu HD de ideias literárias
Sofro a amnésia alcoólica do proletariado
ainda que desempregada
Ser poeta no Brasil
não garante os trocados do INSS
Mas parei de comprar
as drogas dos boys de Ipanema
e o ouro da Rommanel
Do garimpo retrógrado
de nossos passos de sangue
morrem guerreiros mil
Deixo Cristo e me junto a Tupã
neste epicédio vazio
Sofro a amnésia alcoólica do proletariado
ainda que desempregada
Ser poeta no Brasil
não garante os trocados do INSS
Mas parei de comprar
as drogas dos boys de Ipanema
e o ouro da Rommanel
Do garimpo retrógrado
de nossos passos de sangue
morrem guerreiros mil
Deixo Cristo e me junto a Tupã
neste epicédio vazio
Perdi meu HD de ideias literárias
Sofro a amnésia alcoólica do proletariado
ainda que desempregada
Ser poeta no Brasil
não garante os trocados do INSS
Mas parei de comprar
as drogas dos boys de Ipanema
e o ouro da Rommanel
Do garimpo retrógrado
de nossos passos de sangue
morrem guerreiros mil
Deixo Cristo e me junto a Tupã
neste epicédio vazio
Sofro a amnésia alcoólica do proletariado
ainda que desempregada
Ser poeta no Brasil
não garante os trocados do INSS
Mas parei de comprar
as drogas dos boys de Ipanema
e o ouro da Rommanel
Do garimpo retrógrado
de nossos passos de sangue
morrem guerreiros mil
Deixo Cristo e me junto a Tupã
neste epicédio vazio
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Stélia Castro
– Sou capixaba, geógrafa, mestre em Preservação do Patrimônio Cultural e instrutora de yoga. Com 33 anos, vivo na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Educadora cultural no curso de Agentes Culturais Indígenas, no Vale do Javari/AM, sou cronista no Portal de Notícias Jambo Verde e visionária do site
de crônicas corazonlatino.org. Escrevo poesias e contos desde a adolescência, alguns destes publicados em jornais locais. Em especial, a poesia é a arte literária à qual tenho me dedicado no último ano, devido às efervescências criativas e ao prazer no ofício. Por ser mãe e mulher latino-americana, apresento em minha poética intervenções literárias ante a barreira hegemônica desta humanidade ruidosa.
Stélia Castro
– Sou capixaba, geógrafa, mestre em Preservação do Patrimônio Cultural e instrutora de yoga. Com 33 anos, vivo na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Educadora cultural no curso de Agentes Culturais Indígenas, no Vale do Javari/AM, sou cronista no Portal de Notícias Jambo Verde e visionária do site
de crônicas corazonlatino.org. Escrevo poesias e contos desde a adolescência, alguns destes publicados em jornais locais. Em especial, a poesia é a arte literária à qual tenho me dedicado no último ano, devido às efervescências criativas e ao prazer no ofício. Por ser mãe e mulher latino-americana, apresento em minha poética intervenções literárias ante a barreira hegemônica desta humanidade ruidosa.