De repente
Isabela Bosi (1º lugar)
(São Paulo/SP)
Todos os poemas parecem falar
dos corpos das mulheres
de seus cheiros
roupas, culpas, falsas mentiras
mensagens ultrapassadas de amor
– algum desejo de desejo
Versos de um poeta
que se diz homem
bêbado, distante, enfermo
e à noite paga para uma puta lhe dar
algum conteúdo de poesia que seja
qualquer resto que sirva para escrever
palavras lidas anos depois em salas de aula
– busca do eu lírico
Uma moça copiará seu texto
no espelho do quarto
ver-se nua ao lado do poema
as linhas sobre o corpo molhado
sensibilidade de cada verso
sem saber
do sexo pago a uma desconhecida
de quem nunca saberemos o nome
e que nunca assinará livro algum
dos corpos das mulheres
de seus cheiros
roupas, culpas, falsas mentiras
mensagens ultrapassadas de amor
– algum desejo de desejo
Versos de um poeta
que se diz homem
bêbado, distante, enfermo
e à noite paga para uma puta lhe dar
algum conteúdo de poesia que seja
qualquer resto que sirva para escrever
palavras lidas anos depois em salas de aula
– busca do eu lírico
Uma moça copiará seu texto
no espelho do quarto
ver-se nua ao lado do poema
as linhas sobre o corpo molhado
sensibilidade de cada verso
sem saber
do sexo pago a uma desconhecida
de quem nunca saberemos o nome
e que nunca assinará livro algum
Todos os poemas parecem falar
dos corpos das mulheres
de seus cheiros
roupas, culpas, falsas mentiras
mensagens ultrapassadas de amor
– algum desejo de desejo
Versos de um poeta
que se diz homem
bêbado, distante, enfermo
e à noite paga para uma puta lhe dar
algum conteúdo de poesia que seja
qualquer resto que sirva para escrever
palavras lidas anos depois em salas de aula
– busca do eu lírico
Uma moça copiará seu texto
no espelho do quarto
ver-se nua ao lado do poema
as linhas sobre o corpo molhado
sensibilidade de cada verso
sem saber
do sexo pago a uma desconhecida
de quem nunca saberemos o nome
e que nunca assinará livro algum
dos corpos das mulheres
de seus cheiros
roupas, culpas, falsas mentiras
mensagens ultrapassadas de amor
– algum desejo de desejo
Versos de um poeta
que se diz homem
bêbado, distante, enfermo
e à noite paga para uma puta lhe dar
algum conteúdo de poesia que seja
qualquer resto que sirva para escrever
palavras lidas anos depois em salas de aula
– busca do eu lírico
Uma moça copiará seu texto
no espelho do quarto
ver-se nua ao lado do poema
as linhas sobre o corpo molhado
sensibilidade de cada verso
sem saber
do sexo pago a uma desconhecida
de quem nunca saberemos o nome
e que nunca assinará livro algum
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Isabela Bosi
– Sou escritora, jornalista e mestra em Memória Social (Unirio). Nasci no Rio de Janeiro/RJ, morei grande parte da vida em Fortaleza/CE e, atualmente, vivo em São Paulo/SP. Durante o mestrado, desenvolvi uma pesquisa intitulada Envio, tempo, memória: uma conversa com a obra de Elida Tessler, a partir da obra da artista visual Elida Tessler. Sou autora dos livros Bar do Anísio: casa de liberdades
(Ed. UFC), Quase
(Ed. Nadifúndio) e Sobreviver
(Ed. Nadifúndio), e do projeto de intervenção urbana pra você, com curta-metragem homônimo selecionado pela Mostra Filmes-carta: Por uma estética do encontro.
Isabela Bosi
– Sou escritora, jornalista e mestra em Memória Social (Unirio). Nasci no Rio de Janeiro/RJ, morei grande parte da vida em Fortaleza/CE e, atualmente, vivo em São Paulo/SP. Durante o mestrado, desenvolvi uma pesquisa intitulada Envio, tempo, memória: uma conversa com a obra de Elida Tessler, a partir da obra da artista visual Elida Tessler. Sou autora dos livros Bar do Anísio: casa de liberdades
(Ed. UFC), Quase
(Ed. Nadifúndio) e Sobreviver
(Ed. Nadifúndio), e do projeto de intervenção urbana pra você, com curta-metragem homônimo selecionado pela Mostra Filmes-carta: Por uma estética do encontro.