Poemas


Poemanacrônico
Poemanacrônico
Rafael Neves de Souza
Rafael Neves de Souza
Escrevi um poema
intolerante às telas.
Saiu apenas quando as penas
se entintaram
e deslizaram alguns versos
sobre o papiro amassado.

Anacrônico poema
ficou preso no tempo
e resistente à lapiseira digital.
Só veio à tona depois que sentiu
as pautas uniformes,
milimetricamente esticadas
à espera da natural caligrafia,
embora desprovida
de motora coordenação.

Ah, velho crônico poema!
Temo o dia em que fores conhecer
os seus irmãos artífices
na incubadora do chat GPT.
Escrevi um poema
intolerante às telas.
Saiu apenas quando as penas
se entintaram
e deslizaram alguns versos
sobre o papiro amassado.

Anacrônico poema
ficou preso no tempo
e resistente à lapiseira digital.
Só veio à tona depois que sentiu
as pautas uniformes,
milimetricamente esticadas
à espera da natural caligrafia,
embora desprovida
de motora coordenação.

Ah, velho crônico poema!
Temo o dia em que fores conhecer
os seus irmãos artífices
na incubadora do chat GPT.

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