Não me diga que isso passa,
porque não passa, não.
Só aumenta, dia após dia.
Não é dor nem apatia,
é uma infame anedonia.
É a falta de tudo,
quando tudo é quase nada.
É a falta de nada,
quando nada é quase tudo.
É o não querer perene,
travestido de “tanto faz”.
É o “tanto faz” sonolento,
que sussurra versos sem sabor
ao alvedrio de uma consciência disléxica.
É a desvontade de ter vontade,
desarranjada em seu próprio arranjo.
É o desvelo ao avesso
ou o desmazelo arruinado.
Para não dizer que isso é ruim,
digo que é pior ainda
e nem é tão bom assim.
Mas vou rasgar todas essas palavras,
porque não servem mesmo para nada.
São tão vazias como tudo que vejo
e não revelam nem uma fração
daquilo tudo que não mais desejo.
Não me diga que isso passa,
porque não passa, não.
Só aumenta, dia após dia.
Não é dor nem apatia,
é uma infame anedonia.
É a falta de tudo,
quando tudo é quase nada.
É a falta de nada,
quando nada é quase tudo.
É o não querer perene,
travestido de “tanto faz”.
É o “tanto faz” sonolento,
que sussurra versos sem sabor
ao alvedrio de uma consciência disléxica.
É a desvontade de ter vontade,
desarranjada em seu próprio arranjo.
É o desvelo ao avesso
ou o desmazelo arruinado.
Para não dizer que isso é ruim,
digo que é pior ainda
e nem é tão bom assim.
Mas vou rasgar todas essas palavras,
porque não servem mesmo para nada.
São tão vazias como tudo que vejo
e não revelam nem uma fração
daquilo tudo que não mais desejo.