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João e o mundo
João e o mundo
Mauricio Santos Fernandes
Mauricio Santos Fernandes
João está conectado ao mundo.
E já não se reconhece pela sombra de uma árvore.
E também não há mais planos que o contemplem.
Quer dizer, João, brasileiro, altura mediana,
queixo demasiadamente soberbo, voz altiva,
não se contempla no espelho,
tira fotos de si mesmo e guarda-as.
Por vezes as publica, outras vezes as esquece.
Permanece, então, calado.
Não desconfia de um bicho sequer,
rememora o antigo e o futuro prospecta.
Criou barba, insistiu em atrasar o aluguel e permanece calado.
Na feira, encontra ressonância
na conversa alheia que noturnamente se lhe apresenta fantástica, para então colocá-la no papel.
João parece doente.
Mas que vitalidade jogada fora!
Soubessem os outros das preciosidades daquele rapaz…
Vestido de cinza, cigarro nos dentes,
amarelos dentes,
João calado e sozinho no mundo.
João está conectado ao mundo.
E já não se reconhece pela sombra de uma árvore.
E também não há mais planos que o contemplem.
Quer dizer, João, brasileiro, altura mediana,
queixo demasiadamente soberbo, voz altiva,
não se contempla no espelho,
tira fotos de si mesmo e guarda-as.
Por vezes as publica, outras vezes as esquece.
Permanece, então, calado.
Não desconfia de um bicho sequer,
rememora o antigo e o futuro prospecta.
Criou barba, insistiu em atrasar o aluguel e permanece calado.
Na feira, encontra ressonância
na conversa alheia que noturnamente se lhe apresenta fantástica, para então colocá-la no papel.
João parece doente.
Mas que vitalidade jogada fora!
Soubessem os outros das preciosidades daquele rapaz…
Vestido de cinza, cigarro nos dentes,
amarelos dentes,
João calado e sozinho no mundo.

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