POEMAS

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Pesadilla
Pesadilla
Kamilly Barros
Kamilly Barros
essa noite sonhei que minhas dúvidas me perseguiam.
eram tenebrosas: meio monstros, meio mulheres.
tinham as bocas escancaradas, dentes afiadíssimos.
alcançaram-me, finalmente, num daqueles becos do bairro onde eu nasci.
que ávidas! que insaciáveis!
devoraram-me inteira.
e eu me vi devorada no sonho.
me vi ausente, inexistente, ex-ser:
um resto de ossos & vísceras & tufos de cabelo.
a terra ia sorvendo meu sangue, bem devagar,
como quem toma um vinho raro.
essa noite sonhei que minhas dúvidas me perseguiam.
eram tenebrosas: meio monstros, meio mulheres.
tinham as bocas escancaradas, dentes afiadíssimos.
alcançaram-me, finalmente, num daqueles becos do bairro onde eu nasci.
que ávidas! que insaciáveis!
devoraram-me inteira.
e eu me vi devorada no sonho.
me vi ausente, inexistente, ex-ser:
um resto de ossos & vísceras & tufos de cabelo.
a terra ia sorvendo meu sangue, bem devagar,
como quem toma um vinho raro.

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