POEMAS

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Das entranhas
Das entranhas
Elis Carvalho
Elis Carvalho
Meu poema é desabafo
Ora amargo e incômodo
Como o refluxo
Da vida implícita
Escondida no soluço contido
Dos segredos sem grito
Ora é o próprio ato
Relativo ao orgasmo vaginal
Das preliminares
Desde os mamilos trêmulos e eriçados
Aos caminhos dilatados
Lambuzados do líquido farto que escorre de mim
Em súplica sexual
Meu poema cresce em volúpia
Sinestésica
Luta contra a morte sem a vida
Contra a vida sem sentido
Meu poema me pariu
Do ventre de mim mesma
Não há cor no desabafo poematizado
Das entranhas não arranco telas
Sequer versos que obedeçam à estética
Meu poema quando parte de mim
Cria nome e toma forma
Mas não é fiel à descrição
Os versos são as asas em fuga
Do monstro que devora minhas entranhas
Como abutre
Meu poema é desabafo
Ora amargo e incômodo
Como o refluxo
Da vida implícita
Escondida no soluço contido
Dos segredos sem grito
Ora é o próprio ato
Relativo ao orgasmo vaginal
Das preliminares
Desde os mamilos trêmulos e eriçados
Aos caminhos dilatados
Lambuzados do líquido farto que escorre de mim
Em súplica sexual
Meu poema cresce em volúpia
Sinestésica
Luta contra a morte sem a vida
Contra a vida sem sentido
Meu poema me pariu
Do ventre de mim mesma
Não há cor no desabafo poematizado
Das entranhas não arranco telas
Sequer versos que obedeçam à estética
Meu poema quando parte de mim
Cria nome e toma forma
Mas não é fiel à descrição
Os versos são as asas em fuga
Do monstro que devora minhas entranhas
Como abutre

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